Passou o carnaval...
Então agora sim, de fato os preparativos para o São João de 2015 começam. E nós do Blog COISAS JUNINAS também passaremos a nos dedicar mais, ao todo, que envolve essa festa tão linda que é o SÃO JOÃO.
Nada melhor para retomar nossos trabalhos do que nos lembrarmos dos grandes momentos e Espetáculos vivenciados em 2014. Tantas emoções, Temas, Figurinos e Cenários lindos. E também fazermos uma breve AVALIAÇÃO referente, as tantas contrariedades e questionamentos sobre “o que de fato é certo e errado?” nesse, “avanço” que o Movimento Junino vem tomando?
Por exemplo: os espetáculos vistos no Festival Regional da Globo ano passado, foram sem dúvida alguma, de uma força em Cenários, com produções gigantes onde por alguns momentos eu mesma ficava mal acostumada e queria ir vendo mais e mais “surpresas e cenários”, do que a DANÇA propriamente dita. Realmente eu fiquei meia “confusa” diante do todo que vi, e a única certeza que em mim existia, era que “TODAS ESTAVAM LINDAS, GRANDES E FORTES!”
No entanto, é bom, vez ou outra, pararmos e pensarmos sim, em cada trabalho que idealizamos, que pretendemos apresentar ao público. Parar, e pensar... Pensar em OUSAR! E que a coragem existente em todos, seja utilizada para arriscarem no NOVO, naquilo que nós não vimos, e/ou, pouco se viu nos arraiás juninos. Falo isso porque, em 2014 foi também um ano onde, infelizmente, mais uma vez, vimos espetáculos que mais pareciam “RETALHOS DE ESPETÁCULOS JÁ VISTOS NOUTROS GRUPOS EM ANOS ANTERIORES”, do que uma criação ÚNICA, pensada e elaborada para ser “UMA NOVA AULA”. Creio que o pensamento deva ser esse: QUERO O MEU ESPETÁCULO SENDO COPIADO, E NÃO SER EU, A CÓPIA! Compreendem?!
De todo modo, esses dias li e de uma certa forma debati com amigos, entres eles Lucas Neto e Rone Lopes sobre o que enfim podemos chamar de IDENTIDADE, ESTILO PRÓPRIO ETC. E é bastante relativo e complexo se chegar a uma definição e termos um conceito sobre isso. Pois, desde a sua própria origem, a quadrilha sofre influências variadas, e talvez, seja por isso que hoje, nossa realidade seja meio que UM MIXTO NORDESTINO DA ARTE JUNINA. Obviamente ainda podemos enxergar Estados com algo que há anos se vê e é realmente identidade daquele grupo e região. Dizer que Estados tão fortes como Ceará, Pernambuco, Sergipe e Bahia não se pode encontrar identidade própria, seria uma grande mentira de minha parte, pois IDENTIDADE É O QUE ELES MAIS TEM! Quem tem a estética perfeita dos cearenses se não eles mesmos?! E as palmas sobre as cabeças e os pés lançados lateralmente é tão de Pernambuco, assim como, o tremido nos ombros é das damas sergipanas, sem esquecer o pique eletrizado que ninguém toma dos baianos. Né isso gente? Vejo TODOS, inclusive esses com identidade própria, terem sim “sinais” um dos outros, porém penso, que o quanto mais cada Estado procurar construir e definir uma característica que marque, como sua identidade seria significativo e valioso para todos nós.
Se existe tempo para RECRIAR, há também tempo suficiente PARA CONSTRUIR E ENCONTRAR A PRÓPRIA MARCA.
Abraços e VAMOS FESTEJAR SÃO JOÃO